“O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Outonos e primaveras

Oi meus queridos leitores!
Faz muito tempo que não passo aqui e vocês não sabem o quanto me faz falta!
Mas sabem como é a correria de nossos dias...
Venho postar pra vocês hoje um texto lindo do Pe. Fábio de Melo, que traz grandes e maravilhosas reflexões sobre a vida. Espero que gostem!  beijos



          Primavera é tempo de ressurreição. A vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo. O que hoje está revestido de cores precisou passar pelo silêncio das sombras. A vida não é por acaso. Ela é fruto do processo que a encaminha sem pressa e sem atropelos a um destino que não finda, porque é ciclo que a faz continuar em insondáveis movimentos de vida e morte. O florido sobre a terra não é acontecimento sem precedências. Antes da flor, a morte da semente, o suspiro dissonante de quem se desprende do que é para ser revestido de outras grandezas. O que hoje vejo e reconheço belo é apenas uma parte do processo. O que eu não pude ver é o que sustenta a beleza.
          A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.
          A primavera só pode ser o que é porque o outono a embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entrega, esperançosa de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assobios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas que, mais tarde, serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.
          São as estações do tempo. São as estações da vida.
          Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos fazem abraçar o silêncio das sombras...
         Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras...
          Floresçamos.
(Padre Fábio de Melo)

4 comentários:

  1. Lindo o texto,Bia!

    O Padre Fábio é mesmo ótimo!

    Beijinhos***

    PS: Espero seu e-mail =)

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  2. Bia,

    O link do blog é www.apoesiadaprosa.wordpress.com

    Beijinhos***

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  3. Bia! Não sabia que tinha um blog... O primeiro coment vai a esse lindo texto do Pe. Fábio... Gosto de cada palavra q sai do coração dele...
    Q aprendamos todos os dias a florescer; e que nossa amizade tb floresça a cada dia. Deus te abençoe, linda!

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  4. Que Deus te abençoe também linda!
    E que ela floresça sim, a cada dia mais e mais!

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Olá querido(a) leitor(a)!
Agradeço desde já a visitinha ao meu cantinho.
Espero, sinceramente, que tenha gostado e que o veja novamente por aqui!

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Acredito que o blog é uma forma de crescermos mais como seres humanos e nada melhor para isso que compartilhar experiências e pensamentos!

Desde já agradeço pelo carinho!
Beijinhos!