Mulher moderna

A modernidade trouxe inúmeros benefícios para nós, mulheres. Criamos independência, lutamos pelos nossos mais profundos sonhos, criamos e planejamos minuciosamente metas para o nosso futuro. Pensamos se vamos ou não ter filhos, (sim, agora temos essa escolha!) o quanto cresceremos em nosso âmbito profissional, se iremos fazer mestrado, doutorado ou qualquer outra honrosa especialização.

Hoje o mundo está mais dinâmico que nunca. As informações correm, aliás, deixaram de correr... Agora elas voam! Tudo é fantástico, fascinante. Pensamos no progresso, o hoje, o amanhã e muitas vezes olhamos o passado como algo sem muito sentido, ultrapassado. Mas coube ao passado guardar conceitos essenciais, que acabamos esquecendo pelo caminho.

As mulheres sempre reconhecidas pela sua intensa sensibilidade estão perdendo, a cada ano que passa, esse dom. Com essa “maravilhosa” modernidade em que vivemos quase tudo passou a ser banal. Antes, as mulheres sonhavam com belos príncipes encantados em um cavalo branco, hoje muitas apostam quantos vão “pegar” numa noite.

Tudo se tornou banalizado. Sexo, amizades, valores. Elas não procuram mais o amor, pelo contrário, só querem diversão. O engraçado é que antes, esse era um papel quase que exclusivamente masculino. Quando não agem dessa forma, se desvalorizam. Arrastam-se e beijam os pés dos seus ditos “amados” e acabam com a última gota que restou do seu amor próprio.

Arrisco-me a dizer que mulheres assim, quando vão dormir, sentem um vazio no coração. Algo que deveria estar lá, guardado a sete chaves: a simples certeza de que o amor existe.

O mundo virou de ponta cabeça. E se essa é a tal da modernidade, acho que não quero fazer parte dela. 

|Beatriz Amorim|